COVID-19: Abramet endossa denúncia da AMB e Cofen em prol da segurança de médicos e demais profissionais de saúde

Por ABRAMET em 30/03/2020

A escassez de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os profissionais de saúde que atuam no atendimento dos pacientes com COVID-19 foi denunciada pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), em reportagem especial do Fantástico (TV Globo), exibida no último domingo (30). A Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), cumprindo sua missão de zelar pela integridade física e bem-estar dos médicos brasileiros, vem a público corroborar a gravidade da situação enfrentada pelos médicos e solicitar com urgência medidas do Poder Público para reverter o atual cenário de crise.

CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR À REPORTAGEM DO FANTÁSTICO

Na matéria do Fantástico, foram apresentados diferentes relatos colhidos pela AMB e pelo Cofen, nas últimas duas semanas. Ao todo, as entidades reuniram quase cinco mil denúncias de profissionais de todos os estados do País sobre a falta de EPIs. Às duas entidades, médicos e enfermeiros pediram orientação e fiscalização em hospitais públicos e particulares. Há relatos de escassez de itens básicos, como máscaras cirúrgicas, aventais, luvas e até mesmo sabão.

De acordo com o presidente da Abramet, Antonio Meira Júnior, a situação é extremamente grave, uma vez que o uso dos EPIs é essencial para evitar a contaminação pelo novo coronavírus e preservar a saúde dos especialistas que estão na linha de frente de combate à pandemia.

“As descrições apresentadas revelam um cenário inaceitável, pois o mínimo que deve ser oferecido são condições adequadas de trabalho. Os médicos – a despeito do risco iminente – estão exercendo sua função de salvar vidas, mas é inadmissível expor os profissionais desse modo. Os gestores públicos devem adotar medidas urgentes, inclusive para evitar o acometimento desses especialistas e o agravamento da pandemia”, afirmou.

Conforme ressaltou o vice-presidente da AMB, Diogo Leite Sampaio, há desabastecimento de forma generalizada em todo o Brasil, sendo necessária uma rápida mobilização das autoridades. Além disso, alerta, é preciso reforçar as iniciativas de capacitação de todos aqueles que atuam na assistência dos pacientes com COVID-19.

Desabastecimento – Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as orientações de segurança para atendimento de casos suspeitos ou confirmados de COVID-19 incluem: higienização das mãos com água e sabonete líquido ou preparação alcoólica a 70%; óculos ou protetor facial; máscara cirúrgica; avental; e luvas. Entretanto, as denúncias revelam que no dia a dia das unidades de saúde falta até o mais básico.

Em nota, o Ministério da Saúde informou que já realizou a compra de 60 milhões de itens e encomendou nos últimos dias outros 72 milhões de unidades de EPIs. “Existem mais de 40 caminhões circulando pelo País, apenas para a distribuição desses equipamentos. Além disso, vários voos também estão ocupados com essa finalidade”, pontuou o secretário-executivo do Ministério, João Gabbardo dos Reis.