Para prevenir o COVID-19, médicos e psicólogos de tráfego pedem a suspensão de exames de aptidão física e mental

Por ABRAMET em 19/03/2020

A Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) e a Associação Brasileira de Psicologia de Tráfego (Abrapsit)divulgaram nessa quinta-feira (19), comunicado em que recomendam aos Departamentos Estaduais de Trânsito (DETRANs) a suspensão temporária da aplicação do Exame de Aptidão Física e Mental e avaliação psicológica. Endossada pelas diretorias das duas entidades, a orientação é mais uma iniciativa em contribuição ao esforço pela contenção do contágio pelo Coronavírus (COVID-19) no Brasil. Ao longo desta semana, a entidade já havia distribuído documento orientativo com recomendações para o atendimento dos médicos de tráfego e os cuidados com os ambientes de clínicas e consultórios.

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“Nesse momento em que é preciso redobrar os cuidados, avaliamos que a realização do exame pode ser adiada, tendo como objetivo maior proteger e preservar vidas”, justifica Antonio Meira Junior, presidente da Abramet. Segundo ele, esse atendimento pode ser retomado no futuro, sem prejuízo para a população após a normalização do cenário epidemiológico. Além disso, dados da Abramet indica que quase metade dos médicos de tráfego em atividade hoje encontram-se na faixa etária de risco, acima de 60 anos.

De acordo com o documento, o Exames de Aptidão Física e Mental é ato eletivo e, portanto, sem urgência. “Os médicos e psicólogos de tráfegos fazem tais recomendações amparados em seus conhecimentos técnicos e aliados com o esforço de contenção da pandemia, mas reconhecem que cabe aos Departamentos de Trânsito, que possuem a competência legal para tais ações, a tomada de providências cabíveis”, destacam.

Para formar opinião e manter-se atualizada sobre a expansão da pandemia no Brasil, a entidade mantém mobilizado seu departamento científico no acompanhamento das recomendações das autoridades sanitárias nas esferas federal, estadual e municipal; dos posicionamentos do Conselho Federal de Medicina (CFM), da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de demais Sociedades Científicas creditadas pela Associação Médica Brasileira (AMB).

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