Motivadas pela Aliança Brasileira por um Trânsito mais Saudável, as entidades regionais da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet-RJ) e da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT-RJ) no Rio de Janeiro participaram de uma reunião com os secretários municipais Daniel Soranz, da Saúde, e Maina Celidônio, de Transportes. No encontro, realizado em fevereiro, as entidades debateram o impacto das motocicletas no trânsito da capital carioca.
Durante a reunião, o presidente da ABRAMET-RJ, Egas Caparelli Dáquer, o presidente da SBOT-RJ, Rodrigo Rodarte, e o ex-secretário de Saúde do Rio, Marcos Musafir, apresentaram uma proposta de parceria para desenvolver ações práticas no Rio de Janeiro. Com o fácil acesso a aplicativos de corridas, o transporte de pessoas por motocicletas tem se tornado cada vez mais comum.
“Embora seja um modal de risco, é uma realidade que se impõe e que não vai ter volta. Precisamos encontrar maneiras de mitigar esse risco”, afirmou Egas. Entre as alternativas discutidas, estavam a possível adoção do sidecar acoplado às motos como medida adicional de segurança.
A medida, cujo planejamento prevê a implementação gradual, tem o automóvel como uma solução para garantir mais conforto e segurança para condutores e passageiros, além de impedir o tráfego entre as pistas de rolamento. Caso se observe uma melhora nos sinistros, a ideia é expandir o conceito para outras regiões do Brasil. “Essa proposta pode representar uma grande mudança no atual cenário. O próximo passo seria concluir a fundamentação técnica para viabilizar essa alternativa”, destacou.
Segundo antecipou Egas, o objetivo é estabelecer um modelo nacional para conscientização e segurança no trânsito, reunindo especialistas e instituições que estudam e tratam vítimas de sinistros. A iniciativa deve ser desdobrada em um evento no início de março, com a participação de autoridades, representantes da Justiça e usuários do transporte.