Celebrado em 19 de agosto, o Dia do Médico do Tráfego de 2025 marcou o início das celebrações dos 45 anos de atuação da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (ABRAMET), cujo ponto alto acontecerá durante o XVI Congresso Brasileiro da especialidade, em setembro, na cidade de Salvador (BA). Por iniciativa do senador Hiran Gonçalves (PP-RR), presidente da Frente Parlamentar Mista da Medicina (FPMed), foi realizada uma sessão especial em homenagem à categoria e à entidade, no plenário do Senado Federal, em Brasília (DF). O evento durou duas horas.
CONFIRA AQUI A ÍNTEGRA DA SESSÃO
Em breve pronunciamento, o presidente da ABRAMET, Antonio Meira Júnior, contou a história da entidade e homenageou personalidades decisivas para a criação e consolidação da medicina do tráfego no Brasil. “Hoje é um dia histórico para todos nós que integramos a Medicina do Tráfego. Um dia de celebração, de reconhecimento, mas, acima de tudo, um dia de reafirmação do nosso compromisso com a preservação da vida no trânsito”, afirmou. Integrantes da diretoria da entidade acompanharam a sessão.
“A ABRAMET nasceu do desejo de transformar dor em ação, estatísticas em prevenção, e ausência de políticas públicas em ciência aplicada. Entre esses pioneiros, faço questão de citar alguns nomes que estarão para sempre na história da medicina brasileira e expressar o meu profundo respeito a todos os ex-presidentes da nossa entidade, que ajudaram a construir essa trajetória de excelência e credibilidade”, acrescentou, lembrando a inestimável contribuição de Albino Júlio Sciesleski, Moise Edmond Seid, Fabio Ford Feris Racy, Flavio Emir Adura, Mauro Augusto Ribeiro, José Heverardo da Costa Montal e Juarez Monteiro Molinari para a especialidade. “Graças ao trabalho de vocês, pude assumir uma associação madura, consolidada e respeitada em todo o País”.
Em suas palavras, Meira Júnior destacou que tarefa do médico do tráfego é separar o risco da responsabilidade, avaliando com critério técnico, científico e humano, se uma pessoa tem condições físicas e mentais para conduzir com segurança. “Podemos afastar temporariamente ou definitivamente quem não está apto. Fazemos isso com seriedade, com base em evidências, com um único objetivo: salvar vidas”, pontuou.
O dirigente recordou a parceria e atuação da ABRAMET com o Congresso Nacional, atuando como consultora na formulação e discussão técnica de normas essenciais para a construção de uma mobilidade saudável e segura no Brasil, como a chamada Lei Seca, na revisão do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e na exigência de uso de equipamentos de retenção para crianças, a chamada Lei da Cadeirinha.
Paixão pela vida – Vocalizando o reconhecimento de sua diretoria e do médico associado, o presidente da entidade agradeceu aos parlamentares pelo diálogo e atuação conjunta na busca por melhorias para a população. “Quando médicos e parlamentares caminham juntos, o resultado é um só: milhares de vidas preservadas nas ruas, estradas e rodovias do nosso país”, disse Meira Júnior, estendendo o agradecimento também aos representantes do Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB), a Federação Nacional dos Médicos (FENAM) e a Federação Médica Brasileira (FMB), presentes no evento.
Atual diretor científico da ABRAMET, um dos fundadores e ex-presidente, Flavio Emir Adura também fez uso da palavra. “A ABRAMET é fruto da visão de médicos que entenderam, já naquela época, que o trânsito não se restringia a um problema de legislação e engenharia, mas também e principalmente de saúde pública”, lembrou.
“O trânsito brasileiro mata a cada ano 34 mil pessoas e deixa mais de 200 mil feridos. E um número muito ignorado: mais de 50 mil cadeirantes. São perdas humanas, custo social que exige ação integrada de governo, sociedade e da ciência”, acrescentou. O especialista destacou a consolidação da entidade em âmbito nacional e internacional, mencionou suas diversas contribuições para a formulação de políticas públicas e legislações que têm colaborado para a redução de sinistros no país.
“É muito simbólico estarmos hoje no Senado Federal, onde se constroem leis e políticas públicas. Cada vez que prevenimos um sinistro, não salvamos apenas uma vida: evitamos que uma família chore, que uma criança perca seus pais, que sonhos fiquem pelo caminho. Essa é a missão da ABRAMET e do médico do tráfego”.
Leia também:
A medicina do tráfego salva vidas: lideranças médicas celebram atuação da Abramet em seus 45 anos