Diretor da Abramet defende que a educação à distância deve ajudar a fomentar convivência cidadã no trânsito brasileiro

Por ABRAMET em 30/09/2020

A esperança de um trânsito saudável tem no ensino à distância (EaD) ferramenta incomparável, capaz de levar informação e conscientização a todo usuário da via, esteja onde estiver, e indispensável em tempos de pandemia e isolamento social. “Todo instrumento que facilite levar informação para conseguir um novo cidadão no trânsito será útil. O EaD não pode ser tirado da questão, tem de ser estudado, debatido, tem mil maneiras de ensinar”, afirmou José Heverardo Montal, diretor administrativo da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) e presidente da federada em são Paulo, durante live promovida pelo Conselho Estadual de Trânsito (CETRAN-SP), no âmbito da Semana Nacional de Trânsito.

Com o tema “O processo de habilitação e o desafio do EaD”, o evento foi transmitido ao vivo pelo canal da instituição no YouTube. Moderada por Carlos Crepaldi, conselheiro do CETRAN SP, a live abordou a formação de condutores e as ações de prevenção aos acidentes de trânsito no âmbito do ensino à distância.

“É muito importante colocar esse tema, educar a população para o trânsito, no centro dos debates”, destacou Montal. Em suas considerações iniciais, o médico de tráfego traçou um panorama histórico do tema, desde a criação do primeiro automóvel movido a combustão até o despertar da medicina para os efeitos colaterais desse advento que mudou o mundo.

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“Os médicos legistas foram os primeiros a perceber a mudança provocada pelo automóvel. Hoje, o médico sabe que o acidente não é acidental”, afirmou. Segundo o diretor da Abramet, o Brasil ainda está longe do ideal na preservação da vida no trânsito e todas as ferramentas que possam contribuir para esse esforço devem ser consideradas.

“Esse simpósio busca conhecer ideias, debatê-las e colocar à disposição de todos, visando mudar essa realidade. Nós estamos saindo da década de ações pela segurança no trânsito e, apesar de não termos atingido a meta proposta, comemoramos uma redução expressiva do número de mortes, mas isso não deve nos servir de consolo, pois a meta a ser alcançada é o zero acidente", disse Montal.

O especialista destacou que, apesar dos avanços, o trânsito brasileiro ainda mata quatro pessoas por hora. “É uma tragédia. É a doença moderna, a pandemia de todos os anos, perene”. O diretor administrativo da Abramet colocou a entidade à disposição do CETRAN SP para contribuir com iniciativas inovadoras e opções efetivas para o ensino à distância. “O Conselho Estadual de Trânsito de São Paulo é um laboratório vivo de experiências em busca de medidas para conter o acidente de trânsito e pode contar com a Abramet”.